Com os cestos aos ombros
Vergados, cansados
Pendurados nas encostas a pique
As vinhas carregadas, belas
O vinho é o sangue do esforço
Da mulher e do homem fortes
As folhas amarelo-castanhas, vermelhas
Com o sol a reflectir Beleza
E o trabalho, todo ele aspereza
E ao fim da tarde, exaustos, gastos
Esperam quem os leve a casa
Conversam, riem
Parecem felizes
O trabalho, o dever cumprido
Quem não trabalha, não come
E eles sabem que é assim, ali
E a beleza, tanta beleza à volta
Faz descansar a Alma, a vista
O vinho é caro, vai pelo mundo fora
Enche os bolsos de muitos
Que lhes estão acima
Mas o trabalho, o esforço é da vindima
São poucas as moedas
Para pagar este suor
Misturado com os cachos
Argamassa deste labor
E foi este esforço não reconhecido aqui
Que alcandorou o Douro
A Património da Humanidade
A Património Mundial
É Beleza, é sofrimento igual.
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