Domingo, 19 de Julho de 2009

Dia luminoso, lavado

Dia luminoso, lavado

Da janela larga, iluminada

Vejo a cidade bem perto

Tudo a nu, a descoberto

A mãe empurra com enlevo

O filho querido, desejado, amado

O amor, esse bem maior

É visível, é possível

Namorados abraçados ao sol

Entre beijos e desejos

Amigos, cumprimentos efusivos

Amizade invade a cidade

Dia luminoso, lavado

Da janela larga, iluminada

Vejo velhos vergados

Passos arrastados

O verão que se aproxima

Já passou por eles

O sol é refrigério

O sol esse mistério

Já nem os aquece

A alma ainda estremece

O corpo não obedece

E o que se esquece... esquece...

Dia luminoso, lavado

Da janela iluminada

Vejo gente, tanta gente que está só

A tristeza, a solidão lá estão

O rosto, o espelho da Alma

É triste não se acalma

E todo o esforço é vão

Dia luminoso, lavado

Da janela iluminada

Vejo crianças a correr, felizes

Correm saltam os petizes

Sorrio com aquelas brincadeiras

Com essas emoções tão verdadeiras

Dia luminoso, lavado

Dia harmonioso, encontrado.

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Publicado por Isabel Sá Lopes às 21:06

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1 comentário:
De teresa oliveira a 9 de Dezembro de 2009 às 21:13
este poema é lindo.Parabéns professora

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