Camões poeta
O nosso tão esteta
O épico, o lírico divinamente
O artífice desconhecido diariamente
Foste atirado à Índia
Deportado, arrancado a Portugal
Amaste o teu país
Em verso e em reverso
Foste muito infeliz
Em destino pátrio e diverso
Ofereceste a tua alma épica
Ao teu Rei e País
E a sorte não quis
Que te elevassem em vida
Morreste na miséria e fome
Às portas de Lisboa
E o que mais me magoa
É ver as gerações de jovens
A cortar teus versos
Dividir orações
Sem sentirem as fundas emoções
Da tua alma alta
Perderem-se no curso
Do discurso gramatical
Sem se deterem no essencial
A Arte, a Poesia
Que contagia e inebria
Perdida, desperdiçada
Tão mal amada
Camões poeta
Lembrado a dia dez
Ó Portugal, desperta!
Agarra no teu Vate
Diz o seu verso, a sua arte
Ser Português
Seja ler Camões
Conhecê-lo
Citá-lo
Falar dele
Dar a conhecer ao mundo
Mestre tão profundo
Representar a sua obra
Que em tanta filigrana se desdobra
Portugal
Em Camões insista
Ser Português, seja ser Camões
Ser Português, seja ser artista.
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