Domingo, 19 de Julho de 2009

A propósito do Dez de Junho

Camões poeta

O nosso tão esteta

O épico, o lírico divinamente

O artífice desconhecido diariamente

Foste atirado à Índia

Deportado, arrancado a Portugal

Amaste o teu país

Em verso e em reverso

Foste muito infeliz

Em destino pátrio e diverso

Ofereceste a tua alma épica

Ao teu Rei e País

E a sorte não quis

Que te elevassem em vida

Morreste na miséria e fome

Às portas de Lisboa

E o que mais me magoa

É ver as gerações de jovens

A cortar teus versos

Dividir orações

Sem sentirem as fundas emoções

Da tua alma alta

Perderem-se no curso

Do discurso gramatical

Sem se deterem no essencial

A Arte, a Poesia

Que contagia e inebria

Perdida, desperdiçada

Tão mal amada

Camões poeta

Lembrado a dia dez

Ó Portugal, desperta!

Agarra no teu Vate

Diz o seu verso, a sua arte

Ser Português

Seja ler Camões

Conhecê-lo

Citá-lo

Falar dele

Dar a conhecer ao mundo

Mestre tão profundo

Representar a sua obra

Que em tanta filigrana se desdobra

Portugal

Em Camões insista

Ser Português, seja ser Camões

Ser Português, seja ser artista.

 

 

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Publicado por Isabel Sá Lopes às 20:23

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1 comentário:
De teresa oliveira a 9 de Dezembro de 2009 às 21:34
Tal como a Senhora, também o nosso professor de Literatura insiste em estudar-mos a Poesia de Camões. Obrigada por este poema

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